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Principal alvo de operação contra milícia na Zona Oeste do Rio, Zinho consegue fugir de cerco policial







O principal alvo da operação da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), com o apoio da Polícia Militar, na noite de quinta-feira (22) e madrugada de sexta (23) na Zona Oeste do Rio de Janeiro, era o miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. O criminoso, no entanto, conseguiu fugir.

Zinho é apontado como o chefe da milícia na região, com forte atuação em Paciência, Campo Grande e Santa Cruz. Nas redes sociais, chegaram a circular informações falsas sobre a morte do bandido. A polícia, no entanto, confirmou que ele não foi morto.

O miliciano é considerado um dos criminosos mais procurados do Estado do Rio de Janeiro e está em constante conflito por disputa de território e influência em várias regiões contra Danilo Dias Lima, o Tandera, considerado o principal rival.

Zinho assumiu o posto após a morte do irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko, em 2021.

A ação policial começou após informações de inteligência identificarem que haveria uma reunião com chefes da milícia em Paciência e Santa Cruz. Os criminosos reagiram em retaliação à atuação dos agentes.

Houve troca de tiros, que foi ouvida por moradores ao longo de toda a noite. Criminosos queimaram um ônibus na Avenida Cesário de Melo, e passageiros e o motorista contaram que foram obrigados a descer. O Corpo de Bombeiros esteve no local para controlar as chamas.

Pela manhã, o clima era de aparente tranquilidade na região. A Polícia Militar afirmou que reforçou o policiamento.

A atuação dos policiais se concentrou nas comunidades Três Pontes, Antares e Aço.

Barricadas foram queimadas e ruas bloqueadas.

Uma equipe do Samu ficou presa durante um tiroteio. Os paramédicos tiveram que ficar abrigados na casa de um paciente na comunidade do Aço.

Pelo menos dois homens foram baleados durante a madrugada. Um deles já chegou morto ao Hospital Pedro II, em Santa Cruz. Ele foi identificado como Guilherme de Souza Morais. A família afirma que ele era entregador em uma lanchonete. Ele não tinha passagem pela polícia. Outro homem ficou ferido.

Os agentes também prenderam quatro homens e apreenderam armas, celulares e roupas camufladas.

Ônibus foi incendiado por criminosos na Avenida Cesário de Melo — Foto: Reprodução/ TV Globo

Ônibus foi incendiado por criminosos na Avenida Cesário de Melo — Foto: Reprodução/ TV Globo

Quem é Zinho

Cartaz de procurado de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho — Foto: Reprodução/Portal dos Procurados

Cartaz de procurado de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho — Foto: Reprodução/Portal dos Procurados

Zinho é irmão e sucessor de Wellington da Silva Braga, o Ecko, que tinha expandido o grupo criminoso cofundado por outro irmão, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes.

Os antecessores acabaram morrendo em diferentes confrontos com forças de segurança: Três Pontes em 2017, e Ecko em 2021.

Com a morte de Ecko em 2021, Zinho assumiu a chefia da milícia e acabou rompendo com aliados da época do irmão. Um deles é Danilo Dias Lima, o Tandera.

Enquanto a aliança estava de pé, Zinho controlava boa parte da Zona Oeste do Rio, a partir de Campo Grande, e Tandera, áreas da Baixada Fluminense.

Zinho e Tandera passaram a travar uma guerra sangrenta por territórios, e o irmão de Ecko já tomou comunidades da Baixada.

Em outubro de 2022, Zinho e outros 22 integrantes da milícia foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por crimes como organização criminosa, clonagem de veículos, tráfico de armas, extorsão, roubo, receptação e corrupção ativa.




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