/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/i/u/ZA2TW0Q3iAerLl27j0ng/japeri.jpeg)
Prefeitos da Baixada Fluminense se reúnem com governos estadual e federal para discutir danos causados pelas chuvas — Foto: Rafael Nascimento / g1
Enquanto a população da Baixada Fluminense contabiliza os estragos causados pelo temporal da noite de quarta-feira (21) e a madrugada de quinta (22) e tentam voltar a rotina, representantes dos Governos Federal e Estadual se reúnem - mais uma vez - na tentativa de criar soluções para mitigar os danos causados pelas chuvas. Desta vez, o encontro acontece em Japeri.
Por conta da chuva desta semana, oito pessoas morreram no estado. Duas delas são em Japeri.
Segundo o Governo Federal, o motivo da reunião desta sexta (23) é a instalação do Gabinete Nacional de Crise em Japeri, em função do estado de calamidade pública decretado pelo poder executivo municipal.
"A ideia é que podamos fazer outras reuniões de trabalho. Tem sido assim em todo o Brasil desde o início do ano passado. Temos aqui três possibilidades: ajuda humanitária, ajuda de água, colchões, combustíveis e o reestabelecimento de cenários. A ideia é que combinamos no dia de hoje os planos, remeter e aprovar os de dois a três municípios. Ontem já foi homologado calamidade pública de Paracambi, Barra do Piraí, Mendes e Varre-Sai", disse André Ceciliano, secretário de Relações Institucionais, do Governo Federal.
Participam da reunião os prefeitos de Paracambi, Barra do Pirai, Mendes, Engenheiro Paulo de Frontin, Japeri, Queimados e Nova Iguaçu.
Barra do Piraí
"Barra de Piraí decretou estado de calamidade e luto oficial de três dias porque perdemos 4 pessoas. Levaremos alguns dias para colocar a casa em ordem. Eu fiz o dever de casa, porque tínhamos determinações do Ministério Público. Todos os projetos e planilhas estão prontas. Mas, não sabemos como cadastrar e tornar realidade. Mas, temos muitos morros, rios. Estamos 18 rios e enchente para todo lado. Precisamos de R$ 1,800 milhão para uma obra no centro da cidade. Preciso de ajuda do governo estadual", disse Mário Esteves, prefeito de Barra do Piraí.
Japeri
“Situação está crítica, muito crítica. A gente teve de sair do estado de emergência para calamidade pública. A gente está precisando muito do governo federal. É uma reunião estratégica muito importante. O poder do Estado já está presente, correndo pra gente poder reconstruir a cidade, voltar à normalidade e trazer melhores condições para o nosso povo”, afirmou a prefeita de Japeri, Fernanda Ontiveros.
Nova Iguaçu
"Existem algumas artérias da águas da região que precisam ser tratados. Rio Iguaçu, Botas, Sarapui. Isso se não for tratado até sair na Baía de Guanabara, se não for tratado teremos esses reflexos. Toda chuva eu fico na expectativa de não perder vidas. Perdemos duas vidas mais uma vez em Nova Iguaçu. Precisamos fazer alguma coisa de fato. Eu peço encarecidamente que vocês levem ao governo Lula. Sabemos que essas obras não vão começar amanhã. Mas, é preciso que elas aconteçam", garantiu o prefeito de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa.
Paracambi
"Paracambi sofre com o maior transbordo. É uma coisa que ninguém nunca viu. Existem vários bairros afetados ainda. Estamos recebendo forças, mas precisamos de muito mais. Tem posto de saúde alagado, secretos de saúde alagada… precisamos de veículos, maquinários, para que possamos funcionar. Compreendemos a falta de verba, mas temos que socorrer essas pessoas afetadas. Temos mais de 300 desabrigados e não temos como socorrer", disse um representante da Prefeitura de Paracambi.
Queimados
“Queimados foi muito afastada (pela última chuva). Hoje, temos 1 mil pessoas desalojadas e 50 mil pessoas afetadas pelo temporal. Foram cinco horas de muita chuva e 22 dos 32 bairros de Queimados foram afetados. Estamos trabalhando de maneira rápida. Para se ter ideia, estamos trabalhando com o apoio da Marinha do Brasil. Estamos montando uma estrutura, com maquinário e pessoal para que possamos chegar em cada bairro afetado e façamos os socorros", afirmou o prefeito de Queimados, Glauco Kaiser.
Neste ano, não é a primeira vez que políticos se encontraram para traçar soluções para as cidades da Baixada. Em janeiro, uma comitiva do Governo Federal sobrevoou a região, após uma forte chuva que caiu nas cidades de Belford Roxo, Nova Iguaçu e São João de Meriti.
Em seguida, o grupo desembarcou em Belford Roxo e prometeu diversas melhorias para os municípios da Baixada Fluminense.
Entretanto, em janeiro, os Governos Federal e Estadual já haviam montado dois gabinetes de crise - um no Palácio Guanabara e outro em Belford Roxo - “para atender prefeitos da Baixada que foram afetados pela chuva”, disse à época o governador Cláudio Castro (PL).
Nesta sexta, enquanto acontecia a reunião para tratar dos problemas da Baixada, o governador estava na Fundação Getúlio Vargas (FGV) participando do seminário Pacto pelo Rio - que trata sobre as soluções para enfrentar os desafios da segurança pública.
Prefeitos da Baixada Fluminense se reúnem com governos estadual e federal para discutir danos causados pelas chuvas — Foto: Rafael Nascimento / g1
