Além de entregar à DHC, a Corregedoria Interna da Instituição — que abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) — vai analisar os vídeos para detectar se houve excesso dos militares do 17º BPM envolvidos na abordagem deWendell Eduardo Almeida que estava em um mototáxi.
A menina Eloah morreu baleada no peito enquanto brincava dentro de casa, na localidade conhecida como Cova da Onça. Ela foi atingida cerca no mesmo horário em que policiais reprimiam um protesto que ocorria na comunidade após a morte do adolescente.
Segundo a polícia, Wendell teria entrado em confronto com os agentes e trocado tiros com eles na Rua Paranapuã, no bairro do Tauá.
Os dois foram encaminhados para o Hospital Municipal Evandro Freire (HMEF), onde já chegaram sem vida, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A testemunha lembrou que minutos antes, o adolescente havia pedido uma corrida após o baile do Morro do Dendê.O homem disse que recebeu de Wendell o pedido de levá-lo até o outro lado da favela. Na rua Paranapuã, o mototaxista disse que viu os policiais militares pelo retrovisor e ouviu um disparo de arma de fogo, parando sua moto imediatamente.
Wendell Eduardo, de 17 anos, baleado ao passar por uma blitz na Ilha do Governador — Foto: Reprodução
Logo depois, segundo essa testemunha, Wendell caiu. O mototaxista disse que não tentou fugir da abordagem da polícia, e que viu os policiais militares pegarem uma arma do chão.
O homem disse ainda não saber se Wendell apontou a arma para os policiais, "pois estava focado no trânsito e nos transeuntes."