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Polícia prende 10 e recupera prédio invadido por bandidos no Complexo da Penha e no Quitungo







As polícias Civil e Militar realizam, na manhã desta quinta-feira (6), uma operação nos complexos da Penha e Quitungo, na Zona Norte do Rio. Imagens gravadas por moradores na região mostram intenso tiroteio desde o início da manhã.

Até a última atualização desta reportagem, 10 pessoas tinham sido presas de um total de 36 mandados de prisão expedidos.

A polícia também conseguiu a reintegração de posse de um prédio particular no Quitungo, um dos objetivos da operação.

Segundo o delegado Fábio Asty, titular da 38ªDP (Brás de Pina), bandidos estavam obrigando moradores a pagarem aluguéis para eles, em vez do real proprietário, um empresário. Caso não pagassem, eram obrigados a deixar as chaves na associação de moradores.

O prédio tem 24 apartamentos, cada um cobrando cerca de R$ 700. Por mês, os criminosos arrecadavam quase R$ 17 mil.

A exploração do serviço ajudava a financiar o crime organizado local. A quadrilha já teria movimentado mais de R$ 500 mil nesse prédio.

Para dificultar a operação, que contou com cerca de 400 policiais civis e 100 militares, os criminosos atearam fogo em diversas barricadas no interior das comunidades.

Rotina afetada

Quase 3 mil alunos tiveram suas aulas suspensas por conta da insegurança durante a operação. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 15 escolas foram impactadas.

O sistema de saúde também foi afetado e serviços feitos no território, como visitas domiciliares, não puderam ser feitos.

Uma moradora conta que a casa dela foi alvo de uma bala perdida. Durante a manhã, um projétil acertou a janela da sala dela e entrou no cômodo. Por sorte, não acertou nenhum dos moradores, que viam televisão na hora.

Já na parte da tarde, um mototáxi foi atingido por um tiro de raspão no braço. Uma imagem que circula pelas redes sociais mostra que o ferimento foi superficial e que não tinha gravidade.

Ele estava no trabalho quando foi atingido.

Presidente de associação procurado

Ainda de acordo com a polícia, o "síndico" designado pelo tráfico de drogas era o presidente da associação de moradores do Quitungo e atuaria com ordem do traficante Thiago do Nascimento Mendes, vulgo Belão, chefe do tráfico na comunidade. Os dois são os principais alvos da operação e estão foragidos.

Outras extorsões

Outro serviço explorado pela quadrilha é que uma empresa de engenharia civil que ganhou por licitação a ordem para realizar reparos em um conjunto habitacional do Quitungo era obrigada a pagar R$ 15 mil mensal para prosseguir com as obras. Caso contrário seria impedida de realizar os serviços. As obras terminaram no início do ano.

Segundo a Polícia Civil, quem manifestava ser contra as cobranças era sequestrados ou mortos por desconfianças dos criminosos. Há investigações na DH e DDPA.




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