Prefeitura do Rio retoma reconstrução da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer
Gerson Alves, pai de Lucas Camaz, o menino de 9 anos que sofreu um corte profundo por uma linha chilena no sábado (19), disse que o filho também soltava pipa quando o fio o cortou. O estado do garoto era estável na manhã desta segunda (21).
“Foi questão de segundos. Vi o padrinho correndo com ele no colo. Saí voado, a perna estava praticamente pendurada no osso, botei no carro. Foi uma sensação horrível, pensei que ia perder meu filho. Não sei nem como cheguei tão rápido no hospital”, lembrou.
O caso ocorreu na tarde de sábado na Praça Waldir Vieira, na Taquara, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, um grupo soltava pipa quando uma delas caiu e ficou presa numa árvore. O pai conta que Lucas correu para tentar pegar essa pipa.
“Ele estava soltando pipa. Ele me contou que essa voou e ele correu atras. Quando ele puxou, a linha agarrou na frente de um carro, que arrancou. Só que a linha estava enrolada na perna dele”, descreveu.
A linha chilena é altamente cortante e proibida por lei — são mais perigosas do que as com cerol.
Não existe irregularidade em soltar pipa em uma área aberta e segura. Mas usar linha chilena, com cerol ou de outro material cortante é crime. A pena para quem vender, utilizar e transportar esse tipo de produto é de três meses a um ano de prisão — e quem comercializa ainda pode ser punido com pagamento de multa de R$ 17 mil.
De janeiro a agosto de 2023, o serviço linha verde já registrou 381 denúncias sobre linha chilena no RJ — mais que em todo o ano de 2022
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Lucas Camaz — Foto: Reprodução
A Polícia Militar informou que de janeiro a julho deste ano apreendeu mais de 570 carretéis da linha chilena em diferentes pontos do estado. A PM pede que a população denuncie o uso e a venda desse produto para o Disque Denúncia:
