A situação afetou principalmente os moradores da Baixada Fluminense. A empresa disse que 30 mil passageiros circulam, em média, nesse trecho no pico da manhã.
O blecaute, por volta das 16h de quinta, afetou os trechos entre Central do Brasil e Gramacho, entre Gramacho e Saracuruna e nas extensões Vila Inhomirim e Guapimirim. Às 16h desta sexta, 24 horas depois, não havia previsão de restabelecimento da circulação.
“Técnicos da Supervia trabalham para restabelecer o serviço. Ainda não há previsão de retorno das viagens nestes trechos”, informou a concessionária em nota às 5h13. A empresa não determinou ainda o que causou a queda de luz.
Porém, há duas opções prováveis: um problema na rede aérea da estação Penha, ou o furto de um cabo alimentador nas proximidades da subestação de Benfica.
Esse furto teria ocasionado problemas em 6 pontos de energia do ramal.
A Agetransp, agência reguladora dos transportes do estado, informou que o problema foi causado “por um cabo de rede aérea partido na altura da Penha”. O órgão abriu um boletim de ocorrência e enviou uma equipe técnica para acompanhar os reparos.
Nesse ramal, apenas Central do Brasil, São Cristóvão, Maracanã e Triagem abriram porque são estações de integração com outras linhas.
Ramal Gramacho não abriu no início desta sexta-feira — Foto: Reprodução/TV Globo
O Rio Ônibus informou que, “para facilitar o deslocamento dos cariocas”, as empresas associadas colocaram toda a frota disponível nas ruas.
Na volta para casa desta quinta, muitos tiveram que enfrentar filas para embarcar nos ônibus para a Baixada Fluminense no Terminal Rodoviário Marechal Fontenelle.
Técnicos da Supervia inspecionam a rede aérea — Foto: Reprodução/TV Globo
Há uma briga judicial entre o governo do Estado e a concessionária. O secretário estadual de Transportes, Washington Reis, deseja encerrar o contrato com a empresa que administra a concessão.
A juíza marcou uma audiência pública na semana que vem para discutir a questão.
No fim de abril, o grupo japonês Gumi - que controla a empresa - comunicou que não quer mais a concessão. Alegou crise financeira, perda de receita com a pandemia, prejuízo com o furto de metais e cabos e congelamento da tarifa contratual.
A Supervia disse que o nome do novo presidente vai ser divulgado em breve.