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Pescadores tradicionais denunciam pesca predatória na Barra da Tijuca







Pescadores tradicionais flagraram um barco realizando pesca de arrasto, na última segunda-feira (17), na região do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Esse tipo de pesca utiliza-se de uma grande e pesada rede que carrega tudo o que está ao alcance.

Em vídeo, um pescador grava uma traineira (embarcação utilizada para a pesca predatória) e reclama da situação. "Fiscalização, vem nos ajudar. Ontem [17] tinha 10 toneladas de corvina em cima da água aqui. Estão acabando com os peixes da costa", disse.

Traineira flagrada realizando pesca predatória na região do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca — Foto: Reprodução

Traineira flagrada realizando pesca predatória na região do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca — Foto: Reprodução

O grupo também se queixa de ter de ir cada vez mais longe da costa, com barcos sem a adaptação adequada, por conta das traineiras.

Consequência na fauna marinha

De acordo com Márcio dos Santos, presidente do Instituto Núcleo Maré (Inmar) — que trabalha a educação ambiental —, a pesca irregular impacta a fauna marinha e, consequentemente, a cadeia alimentar.

"Aqui é o corredor migratório não só das baleias-jubarte, mas também dos golfinhos. O impacto para toda a fauna marinha é gigantesco porque essas grandes embarcações vão peneirando todo o fundo do oceano e sem critério algum. Então, obviamente que vai levar espécie em reprodução, espécie que não era a intenção, que é chamada de pesca acidental. Inclusive, 40% de tudo que eles pegam é descartado, vira lixo", afirma.

Treineira flagrada realizando pesca predatória na região do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca — Foto: Reprodução

Treineira flagrada realizando pesca predatória na região do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca — Foto: Reprodução

Para entender a diferença dos dois tipos de captura de peixe, Márcio detalha que a pesca artesanal não implica negativamente na reprodução dos animais marinhos. Esta é realizada por pescadores tradicionais.

Em contrapartida, ele explica que a pesca industrial não permite que as espécies de peixe tenham o tempo de se renovar.

"A pesca artesanal é [do] cara que pega no braçal. Ele pega um peixe por vez, no barquinho dele menor. A rede dele, a malha, é específica para uma espécie de peixe. Então dá tempo dessa espécie renovar. A pesca industrial vem de maneira indiscriminada e predatória", finaliza.

O que diz a Marinha

A Marinha do Brasil informa que repudia esse tipo de atitude, mas que são responsáveis pelas atividades de embarcações, e que esse tipo de denúncia deve ser feita aos órgãos responsáveis.




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