Familiares do jovem morto pelo colega de trabalho em Realengo chegaram no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, para reconhecer o corpo dele, no fim da manhã desta quarta-feira (19).
Thalles Lucas Silva de Holanda, de 24 anos, foi esfaqueado diversas vezes por Yagho Brener Calixto, de 28 anos, que confessou o crime para a polícia.
Emocionado, Thiago Holanda disse que tinha orgulho de tê-lo como irmão. "Era um cara bastante querido onde morava, por onde passou. Um garoto jovem, muita coisa pela frente, amor e gratidão. Eu tinha muito orgulho de ter como irmão", lamentou o supervisor técnico.
Thalles era gerente de um depósito de bebidas na Rua da Gazela, em Realengo. A família afirma que ele foi assassinado por Yagho depois de uma discussão.
A briga teria começado porque ele impediu o colega de trabalhar embriagado no depósito.
Depois do crime, Yagho tentou fugir para um terreno abandonado, mas se entregou quando policiais militares do 14º BPM (Bangu) chegaram ao local.
Para a polícia, ele disse que tinha sido agredido anteriormente por Thales e confessou que o esfaqueou. O suspeito disse ainda que eles estavam bebendo juntos desde o dia anterior.
De acordo com o primo, a vítima já havia sido avisada que o homem não era confiável.
"Todo mundo avisava Yagho não é teu amigo, todo mundo avisava, mas Thalles era puro queria todo mundo perto dele, muito alegre. Isso é inadmissível, é uma covardia", reforça Fabrício Tierry.
O homem já tinha duas anotações criminais, uma por ameaça e outro por roubo. Agora, ele responde por homicídio.
“A gente entregou na mão de Deus, só ele tem sabedoria pra resolver essa situação”, destaca o irmão.
Thalles chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu.
O corpo dele foi reconhecido nesta manhã pelo padrinho e pelo irmão. O jovem deixa uma filha pequena.
Ainda não há horário marcado para o sepultamento, que deve acontecer nesta quinta-feira (20) no Cemitério de Realengo.